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No decorrer dos tempos e apesar de ter sofrido um processo de modificação, a poesia permaneceu na história e se fez lembrar na voz dos poetas que não desistiram de entoar seus cantos e escrever seus versos. Percebemos, nessa trajetória, que com as mudanças sociais e o advento da modernidade a poesia resistiu e persistiu e continua, em tempos atuais, a embalar as sensibilidades dos seres que a buscam como forma de deleite e instrumento de plenificação da alma. Muitos foram os percalços, e muitos também os poetas que se destacaram nesse caminho. Desse modo, optamos por abordar os poemas da poeta mineira Adélia Prado, por conter em seus versos as imagens simbólicas e os silêncios postos nas entrelinhas e/ou metaforizados por meio da palavra, elementos importantes de que necessitamos para nossa análise. O canto lírico adeliano é objeto fundante deste trabalho, que vem analisar a poesia em palavras, silêncios e imagens. Em meio às metáforas no campo da linguagem, trabalhar com elementos da criação poética, com subjetividades, a exemplo das imagens simbólicas nos remete a um tempo em que a voz feminina era silenciada pela força da sociedade e o que restava à mulher eram as vozes inauditas da poesia postas nos poemas através do eu lírico. Respaldamo-nos na pesquisa bibliográfica e dialogamos com autores como Candido (2004), Moisés (2003), Bosi (2000), Bachelard (1989; 1990; 2006), Nunes (2008), Hohlfeldt (2000), Miranda (2000), entre outros, a fim de trazer para o corpus deste uma discussão acerca dos poemas adelianos: “Janela”; “Sedução”; e “O Modo Poético”, ambos contidos no seu livro de estreia Bagagem, analisando a transcendência dos elementos do cotidiano e suas formas de metaforizar as palavras, por meio de silêncios e imagens. |
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