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A língua, em seu contexto social, possui varias características dependendo da localidade, adquirindo particularidades próprias dos indivíduos dessa comunidade. Este trabalho, de caráter sociolinguístico, tem como objetivo analisar a frequência em que as variantes, “broa preta” e “jumenta preta”, que designam um pão achatado, arredondado feito com rapadura, são pronunciadas pelos informantes nas cidades de Belém do Brejo do Cruz e Catolé do Rocha, também acrescentando o fator idade a partir de quatro grupos etários: de 15 a 29 anos; de 30 a 45 anos; de 46 a 60 anos e acima de 60 anos. O nosso problema de pesquisa consiste em: qual a variante mais utilizada socialmente; o fator idade influencia o uso em sociedade nas cidades de Catolé do Rocha e Belém do Brejo do Cruz? Escolhemos trabalhar com as duas variantes, pois já trabalhávamos com as respectivas variantes no Grupo de pesquisa em Linguagens e Cultura Popular (GLICPOP). A partir dos estudos sociolinguísticos, vemos que as variantes, incluindo as variantes lexicais, constituem a língua portuguesa em sua modalidade oral, mas sofrem muitos preconceitos devido a não fazerem parte da gramática normativa. Por isso, esse estudo vem mostrar que essas variantes, muitas vezes menosprezadas, fazem parte do dia-a-dia de varias pessoas. Para isso, foram abordados alguns autores, tais como Bagno (2006), Bagno (2008), Labov (2008), que falam da língua, em seu contexto social, e Tarallo (2002), que ajuda a compreender o que é a sociolinguística e como trilhá-la seu processo de estudo. Portanto, a partir desses critérios temos, observando, por exemplo, o uso das variantes socialmente, os seguintes dados: em Catolé do Rocha todos os informantes falaram a variante “broa preta”, enquanto em Belém do Brejo do Cruz 55% falaram a variante “jumenta preta”. |
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