dc.description.abstract |
A literatura serve de mecanismo de interação com a sociedade, pois se mostra como a arte da representação da realidade, não idêntica, mas com linguagem estética, artifícios textuais próprios e criatividade do escritor. O romance como ramificação dessa arte contempla ações que são traçadas no tempo e espaço, enredo com personagens variadas, que transitam com seus conflitos internos e externos. O escritor Jorge Amado soube atuar com o gênero romance, apresentando narrativas que expressam conflitos existentes na sociedade, quebrando tabus, apresentando perfis de indivíduos miscigenados, sensuais e marginalizados. Este artigo teve como objetivo discutir alguns perfis de identidades femininas presentes no romance “Gabriela, cravo e canela”, especialmente nas representações das personagens Sinhazinha, Malvina, Glória e Gabriela, mulheres com histórias de atritos e desafios. A metodologia utilizada para tais discussões repousa na pesquisa bibliográfica, e autores como Candido (1972; 2010), Bakhtin (2002), Lukács (2000), entre outros, serviram de base para a fundamentação teórica, cujos resultados revelam que os sujeitos são indivíduos que constroem identidades, nas suas práticas, nos seus relacionamentos e na atuação de convivência com os demais sujeitos que com eles interagem. |
pt_BR |