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A escola não deve ser vista apenas como uma instituição social. Ela deve ser vista, principalmente, como um espaço que promova o desenvolvimento da autonomia e respeite as diversas culturas existentes nela. Assim, esse artigo é resultado de um estudo teórico que envolve discussões sobre a educação e a identidade negra, relacionando-as à construção do processo educativo e abordando particularidades da formação da identidade pessoal e cultural na sociedade brasileira. Além disso, discutimos a construção da identidade negra na prática docente. Sendo assim, nossa inquietação visa saber quais são as principais categorias do multiculturalismo que favorecem o desenvolvimento de práticas docentes que respeitam a alteridade na sociedade brasileira? Para isso, usamos uma fundamentação teórica de autores como Muniz Sodré A. Cabral (1996; 2008), Nestor Canclini (1990); Manuel Castells (1999); Stuart Hall (2006); Peter Mclaren (2000), que abordam as questões sobre multiculturalismo na escola, explicitando a categoria identidade. Com isso, nosso objetivo geral é sistematizar, a partir da teoria multiculturalista, as categorias relacionadas ao desenvolvimento de práticas que estimulem o respeito a cultura afro-brasileira. Para alcançar esse objetivo geral, tivemos que discutir sobre a origem do racismo no Brasil e o preconceito na escola, a partir das vivências dos negros desde os momentos iniciais da formação social do povo brasileiro até a atualidade; compreender como as questões sobre a discriminação racial estão relacionadas ao cotidiano escolar. Para isso, esse trabalho está estruturado da seguinte forma: apresentamos a origem do racismo no Brasil e do preconceito na escola. E em seguida, tratamos das principais categorias que o multiculturalismo utiliza, visando uma prática pedagógica emancipatória. Consideramos que uma prática pedagógica multicultural possibilita a ação recíproca da radicalidade democrática. |
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