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A oralidade como uma prática social discursiva tem sido vista como uma atividade tardia dentro da cultura escolar. Somente depois dos adventos da Linguística interacionista é que chegamos à ampliação de discussões sobre a realidade oral e interacional da linguagem. Nesse sentido, espera-se que o ensino de Língua Materna ultrapasse o estudo somente das nomenclaturas gramaticais e funcionais da linguagem, ancorando-se em uma perspectiva interacionista, a qual possibilite aos discentes o desenvolvimento de suas competências comunicativas. Dessa forma, ao instruir os educandos quanto à importância dos falantes adequarem a linguagem aos contextos e ao quanto nossos discursos refletem nossa identidade, os docentes estarão contribuindo para autonomia linguística dos indivíduos e evitando possíveis fracassos ou dificuldades em atividades como: apresentação de trabalhos orais escolares - seminários, exposições de ideias, questionamentos, entrevistas de emprego, realizações de provas orais, debates sobre diversas temáticas etc. Partindo desse pressuposto, o nosso estudo centra-se na utilização da oralidade na Educação Básica e a função da escola para o ensino de Língua Materna. Nosso objetivo geral visa investigar como acontece o desenvolvimento da oralidade nas aulas de Língua Portuguesa do Ensino Médio na Escola Estadual de Ensino Médio Inovador Obdúlia Dantas em Catolé do Rocha-PB e os efeitos que essa modalidade provoca nos sujeitos-aprendentes que antecedem o encontro com as universidades e com o mercado de trabalho. Sendo assim, esse trabalho caracteriza-se como uma pesquisa exploratória e quanto aos seus procedimentos técnicos e metodológicos fundamenta-se em uma pesquisa bibliográfica e de campo. Para a realização da coleta de dados, utilizamos observações no campo empírico, entrevista com a docente observada fazendo e o seu plano de curso. Nossa pesquisa está ancorada na teoria interacionista da língua/linguagem e selecionamos para o nosso aporte teórico os seguintes autores: Vygotsky (1998), Bakhtin (2003), Marcuschi (2001, 2008), Kock (2003, 2010) Antunes (2003, 2007), PCNs (1997, 2000), Bagno (1999) Leite (2011) entre outros que dialogam com um ensino de Língua Materna voltado para a perspectiva da interação. |
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