Resumo:
A relação entre a escrita e a loucura tem se tornado objeto de estudo para diversas
áreas do saber. Para a psicanálise, de orientação lacaniana, a escrita tem sido estudada
no âmbito da psicose enquanto função estabilizadora, tanto da ordem de uma
sustentação mais frágil e precária como da ordem da suplência. Neste artigo, buscouse
investigar
a
função
do escrito
na
psicose,
à
luz
da
primeira
clínica
lacaniana,
a
partir
de
um levantamento bibliográfico de estudos no campo de saber ao qual se filia este
trabalho. Junto a essa revisão de literatura, soma-se a análise de fragmentos de um
material escrito produzido por pacientes internados no Instituto Neuropsiquiátrico de
Campina Grande, coletado durante uma experiência de estágio em psicologia na
referida instituição. Assim, como resultado, constatou-se que o escrito na psicose,
quando já desencadeada, exerce função de uma estabilização mais frágil, sem caráter
de suplência, a partir do qual o sujeito pode estabelecer um discurso, fazendo-se
reconhecido pelo Outro ou mesmo separando-se de um gozo avassalador, na tentativa
de fazer existir um sujeito.
Descrição:
ALMEIDA, T. K. O. de. O escrito na psicose: um artifício-invenção para o estabelecimento de um discurso? 2014. 52f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.