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A partir de 2005, o até então Ceratocisto Odontogênico, passou a ser chamado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) de Tumor Odontogênico Ceratocístico (TOC),
devido ao seu comportamento agressivo e a sua alta taxa de recidiva, variando entre
2 a 60%. Dentre os tumores odontogênicos, ele apresenta uma prevalência de
aproximadamente 35,8%, acometendo preferencialmente o sexo masculino, na faixa
etária de dez a 40 anos de idade e com uma predileção pela região posterior e ramo
da mandíbula, estando na maioria dos casos associado a um dente incluso. Dessa
forma, o objetivo deste estudo foi relatar um caso clínico de TOC na maxila, de uma
paciente do sexo feminino, oito anos de idade, com sintomatologia dolorosa, notada
a partir de uma assimetria facial decorrente de aumento de volume na região
superior direita da maxila. Na radiografia panorâmica, observou-se uma área
radiolúcida, unilocular, com margens bem definidas, que envolvia a parte cervical de
um dente retido, causando deslocamento dos dentes vizinhos. Após a biopsia
incisional da lesão, obteve-se o diagnóstico histopatológico de TOC. Com isso,
realizou-se a enucleação do tumor e, em seguida, a eletrocauterização da loja
cirúrgica, com a finalidade de se evitar recidivas da lesão. No momento a paciente
encontra-se em proservação, sem sinais de recidiva da lesão, e realizando
tratamento ortodôntico, para o reposicionamento dentário. Diante do exposto,
destaca-se a importância do conhecimento sobre as características clinicas e
radiográficas dos tumores odontogênicos, e da realização de uma biopsia incisional
para um diagnóstico conclusivo e um planejamento cirúrgico adequado, evitando
assim que a lesão progrida e resulte em maiores complicações para o paciente. |
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