Análise dos procedimentos clínicos obstétricos a partir do cartão da gestante

Abstract

A qualidade da assistência ao pré-natal perpassa por diversas facetas, dentre as quais o início precoce do mesmo e os registros dos procedimentos clínicos obstétricos realizados configuram-se como sendo elementares a essa prática. Este estudo objetivou analisar a cobertura dos procedimentos clínicos obstétricos, realizados no pré-natal, bem como comparar os procedimentos clínicos obstétricos realizados nos pré-natais iniciados no primeiro trimestre e após esse período; evidenciar a média de idade das gestantes que realizam a primeira consulta ainda no primeiro trimestre; identificar a idade gestacional em que o pré-natal foi iniciado. Consiste em uma pesquisa documental, com abordagem quantitativa, realizada entre os meses de maio e junho de 2012, no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA). Foram analisados 352 cartões de gestantes e puérperas, porém 349 foram estudados, com a utilização do formulário de captação de dados, contendo as seguintes variáveis: a idade da gestante, idade gestacional, medida da altura uterina, peso, aferição da pressão arterial, batimentos cárdio-fetais e apresentação fetal. Os resultados apontam que o grupo de mulheres mais jovens, com idade média de 22,37 anos (DP= 6,82), procuraram mais tardiamente os serviços de saúde direcionados ao pré-natal Os procedimentos clínicos obstétricos também foram comparados entre os grupos apresentados, onde dos 349 cartões de gestantes estudados, verificou-se significativa discrepância referente ao número de registros de tais procedimentos. Portanto, é possível concluir que mulheres mais jovens buscam assistência ao pré-natal quando já encontram-se em idade gestacional avançada, comprometendo a qualidade da assistência recebida, quando assim comparadas a mulheres com idade mais elevada.