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O lançamento de esgotos sem tratamento em corpos aquáticos causa sérios
problemas à qualidade de vida e coloca em risco o abastecimento de água da
população, por causa da eutrofização das águas e da disseminação de doenças. A
necessidade de se preservarem os recursos hídricos impulsionou o desenvolvimento
de diversos processos de tratamento para minimizar os efeitos adversos
ocasionados com os lançamentos de esgotos no ambiente. A aplicação de
processos biológicos aeróbios é a mais utilizada nas grandes estações de
tratamento centralizadas, porém, a tecnologia adotada nesses sistemas é sofisticada
precisando de equipamentos que consomem grande quantidade de energia, e ainda
produz elevado volume de lodo. Por oferecerem diversas vantagens para o
tratamento de esgoto os processos biológicos anaeróbios passaram a ocupar uma
posição de destaque principalmente em regiões tropicais. Embora apresente
inúmeras vantagens, os processos biológicos anaeróbios não possuem eficiência
significativa na remoção de nutrientes e indicadores microbiologicos assim
necessitando de um pós-tratamento de seu efluente. Sabe-se que a utilização de
microalgas favorece a remoção de nutrientes, contaminantes orgânicos, metais
pesados e microrganismos patogênicos, porém um dos problemas principais na
utilização de microalgas para o tratamento biológico de águas residuais é a sua
recuperação a partir do efluente tratado. Com isso técnicas de imobilização têm sido
estudadas para minimizar este problema. O trabalho realizado se deu no póstratamento
de
efluente
anaeróbio
utilizando
um
reator
de
microalgas
imobilizadas
em escala
de
bancada.
A
remoção
de
nutrientes
no
Reator
de
Algas
Imobilizadas
(RAI)
só
se materializa quando o pH adquire um valor elevado.Com o pH chegando a
11,65, o RAI proporcionou uma remoção de 88,63% do ortofosfato, 64,13% do
fósforo total, 92,66% do nitrogênio amoniacal e 93,05% do NTK, ocorrendo também
a remoção de 99,97% dos coliformes termotolerantes do efluente anaeróbio. |
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