Resumo:
INTRODUÇÃO: O trabalho é a atividade desenvolvida pelo homem com o propósito de gerar
riquezas. No entanto, quando este é desenvolvido em condições inadequadas, pode gerar doenças, levando à inatividade culminando na morte. O fisioterapeuta é um profissional da área de saúde que tem o movimento como seu principal objeto de estudo e a forma como este profissional desempenha suas funções é em grande parte responsável pelo aparecimento de alterações no sistema osteoarticular, que resultam em dor a qual está intrinsecamente relacionada aos distúrbios musculoesqueléticos, os quais desencadeiam custos e promovem impacto na qualidade de vida. OBJETIVO: Verificar a qualidade de vida e as queixas de sintomatologia dolorosa
musculoesquelética em fisioterapeutas docentes de Instituições de Ensino Superior (IES) de Campina Grande/PB. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, com delineamento transversal, composto por uma amostra de 39 fisioterapeutas docentes. Os dados foram coletados por meio da utilização de cinco questionários, o sociodemográfico, o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, o SF-36 e o IPAQ. A intensidade dolorosa foi determinada pela Escala Visual Analógica (EVA). RESULTADOS: Observou-se maior número de professores do sexo feminino (87,2%), na faixa etária entre 30-39 anos (33,3%), com dois (53,8%) ou três (46,2%) turnos de trabalho. Verificou-se que 94,8% da amostra referiu dor, sendo as regiões, cervical (34,1%) e lombar (27,2%), as mais acometidas, respectivamente. Observou-se relevância entre as variáveis, jornada de trabalho diária e nível de atividade física com a intensidade da dor. Houve correlação moderada entre a variável sociodemográfica, jornada de trabalho com os domínios, vitalidade e aspecto social do SF-36. Observou-se associação estatisticamente significativa (p<0,05), entre os domínios limitação por aspectos físicos, dor, limitação por aspectos emocionais e saúde mental, com os graus da sintomatologia dolorosa, como também significância entre o nível de atividade física e os domínios, dor e estado geral de saúde do SF-36. CONCLUSÃO: A presença de sintomatologia dolorosa foi evidenciada, predominando em docentes do sexo feminino, que exerciam o trabalho em dois ou mais turnos e que esses profissionais em virtude da queixa álgica tinham um comprometimento na qualidade de vida, mesmo àqueles fisicamente ativos, pois a atividade física desenvolvida não era voltada ao bem-estar físico, mas a execução de trabalhos domésticos e de locomoção.
Descrição:
LEANDRO, S. X.
Qualidade de vida e sintomatologia dolorosa musculoesquelética entre fisioterapeutas docentes de IES de Campina Grande/PB. 2012. 49f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.