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Há muitos anos a prática do psicólogo escolar/educacional vem sendo questionada, revisada,
debatida, chegando a sofrer modificações ao longo dos anos. Vários estudiosos definem e
delimitam o papel deste profissional para os dias atuais, assim como o Conselho Federal de
Psicologia. Entretanto, aquilo que se espera do psicólogo educacional, a partir do que está
posto na literatura, muitas vezes não corresponde à prática cotidiana destes. Este estudo visou
identificar e analisar a percepção do psicólogo escolar/educacional da rede municipal de
ensino de Campina Grande sobre seu papel na escola. Os dados foram coletados por meio de
uma entrevista semiestruturada aplicada a 11 psicólogas. Os resultados revelaram que as
psicólogas entrevistadas percebem suas atividades como diversificadas, atuando sobre todos
os atores da escola. Contudo, apresentam uma tendência a uma prática voltada essencialmente
para o “aluno problema”, tentando envolver pais e professores em suas intervenções. Além
disso, percebe-se que as psicólogas não têm definição clara de seu papel na escola,
mostrando-se confusas ao se falar de suas atribuições. Além disso, os dados apontam para a
existência de dificuldades enfrentadas pelos psicólogos em sua prática, principalmente
referente à incompreensão dos outros atores da escola e da família dos alunos em relação ao
seu papel, cobrando dele um atendimento clínico e um solucionador de problemas. Acreditase
que a compreensão do verdadeiro papel do psicólogo escolar apenas ocorrerá quando os
próprios psicólogos buscarem definição de seu papel na escola por meio de debates, estudos e
reflexões que articulem teoria e prática. |
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