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O processo de ensino-aprendizagem vem passando por grandes mudanças ao longo dos anos.
O ensino de Língua Portuguesa, por sua vez, vem acompanhando essas mudanças e nós,
enquanto estudiosos e professores da língua, percebemos as lacunas, bem como os efeitos
provocados pelo ensino de português de molde tradicional, descontextualizado. Um dos
grandes e principais suportes do professor nessa jornada é o Livro Didático de Português, o
LDP. Este não configura eficácia garantida no ensino de língua. Embasamos nossa pesquisa
na Teoria Dialógica da Linguagem, Bakhtin e Círculo, que percebeu a dinamicidade da língua
manifestada através dos enunciados concretos, que representam as diversas situações sociais e
os atos discursivos e comunicativos. É nesse jogo dialógico, nas “conversas” entre o texto e o
interlocutor que enveredamos nossa pesquisa, em busca de refletirmos sobre as possíveis
adequações propostas nos LDP’s representadas no gênero discursivo tira. Realizamos uma
pesquisa documental, uma vez que elegemos como corpus da nossa pesquisa três exemplares
de LDP do 9º ano do ensino fundamental, mais especificamente, um estudo de caso, haja
vista, tenhamos realizado este recorte para observarmos se as atividades presentes no LDP
suplantadas no gênero tira vêm contemplando a linguagem em seu caráter dialógico, como
proposto por Bakhtin. Os LDPs analisados são: Buscamos respaldo teórico em autores como
Volochínov (1976); Bakhtin (2011); Bakhtin/Volochínov (2009), Almeida (2013), Brait (2008), dentre outros. Diante o exposto, verificamos a ocorrência de propostas que transitam
do tradicional ao dialógico. |
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