Resumo:
Ao nascer, alguns neonatos precisam ser submetidos ao uso de Ventilação Mecânica (VM), seja
invasiva ou não. Tal uso justifica-se, principalmente, pela imaturidade do sistema respiratório,
suscitando cuidados intensivos em saúde. O objetivo deste estudo foi verificar quais são os fatores
predisponentes para a VM, em neonatos, bem como averiguar as principais implicações clínicas
associadas à mesma. Realizou-se um estudo caso-controle, retrospectivo, através da avaliação de
prontuários. A amostra constitui-se de 175 neonatos, internados na Unidade de Terapia Intensiva de
um hospital filantrópico de Campina Grande - PB, no período de Janeiro/2011 a Abril/2013. Para
análise estatística foi utilizado o teste Qui-Quadrado (x
2
). Quando a frequência no x
, foi inferior a
cinco, utilizou-se o Teste Exato de Fisher, sendo considerado nível de significância p<0,05, através
do SPSS, versão 19.0. Dos neonatos pesquisados 64,6% eram do sexo masculino. Observou-se
associação significativa do tipo de VM com tipo de parto (p<0,014), classificação do neonato segundo
idade gestacional (p<0,05), peso ao nascer (p<0,01), APGAR no primeiro (p<0,001) e quinto minuto
(p<0,001) e doença da membrana hialina (p<0,001). Neonatos com prematuridade extrema (57,1%)
estiveram mais susceptíveis a VM invasiva, assim como aqueles com hipóxia moderada (52,9%) e
grave (38,2%), sendo essas associações significativas (p<0,001). Fatores relacionados ao
nascimento dos neonatos como idade gestacional, presença de doença da membrana hialina,
classificação da prematuridade e grau de hipóxia apresentaram associação com o tipo de VM.
Portanto destaca-se a importância de atividades de vigilância e possível controle destes na redução
da necessidade de VM invasiva em neonatos.
Descrição:
ALENCAR, R. L. Ventilação mecânica em neonatos: fatores predisponentes e implicações clínicas. 2013. 28f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2013.