Resumo:
Introdução: A saúde do trabalhador pode sofrer interferência de vários distúrbios, principalmente das lesões musculoesqueléticas, as quais são as que mais afetam o trabalhador. Esses distúrbios trazem como conseqüências dor e sofrimento para a saúde do trabalhador, interferindo na qualidade de vida do indivíduo como também na sua capacidade para o trabalho. Por isso se faz necessária a adoção de estratégias que busquem satisfazer as necessidades do trabalhador perante os desgastes diários, destacando-se o programa de ginástica laboral, contribuindo para uma melhoria na qualidade de vida do trabalhador e proporcionando bem-estar físico e emocional no ambiente de trabalho. Objetivo: Avaliar a condição de saúde do trabalhador do INSS a partir da prática da ginástica laboral Metodologia: Estudo do tipo descritivo, quantitativo, de caráter exploratório transversal, com amostra composta 40 por servidores do INSS, subdivididos em dois grupos, os que participam da ginástica laboral e os que não participam, na faixa etária de 20 a 60 anos. Os instrumentos utilizados para coleta de dados consistiram em uma Ficha Socioeconômica e Ocupacional a fim de caracterizar a amostra e coletar dados sobre a ginástica laboral e impactos na saúde do trabalhador, bem como investigar a ocorrência de desconfortos musculoesqueléticos. Para a avaliação da qualidade de vida, foi utilizado o WHOQOL-abreviado da OMS. Foi aplicado também o Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT), a fim de avaliar a capacidade do indivíduo para o trabalho. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial, por meio dos programas SPSS versão 16.0 e Bioestat 5.0, considerando significante os dados quando p<0,05. Resultados: Dentre os participantes, 85% ressaltaram que o programa de ginástica laboral (GL) promoveu bem estar enquanto que 15% afirmaram que o programa alterou seu estilo de vida. Verificou-se uma menor ocorrência de sintomatologia dolorosa entre os que fazem GL, além disso, a qualidade de vida dos trabalhadores desses mostrou-se relativamente maior do que os que não fazem, tanto no domínio físico (3,2), quanto no geral. Pôde-se perceber que os trabalhadores que fazem GL apresentaram uma melhor capacidade geral para o trabalho, um melhor prognóstico próprio sobre a capacidade para o trabalho daqui a 2 anos, e um menor número atual de doenças diagnosticadas pelo médico. Conclusão: Neste estudo, a prática de exercícios laborais esteve associada a uma melhor qualidade de vida, desempenho físico e capacidade para o trabalho, principalmente no prognóstico de capacidade futura de trabalho.
Descrição:
LACERDA, I. K. de S. A condição de saúde do trabalhador do INSS: um estudo a partir da prática da ginástica
laboral. 2010. 18f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2010.