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O presente trabalho fundamentado na obra de Martin Heidegger, Ser e Tempo, têm como pretensão esclarecer a questão do sentido do ser contemplando também as suas formas de ser-no-mundo possibilitando ao ser o confronto com a morte do outro. O ser foi esquecido pela tradição antiga e analisado de forma errônea pela metafísica e, por isso, precisa de um esclarecimento. Heidegger se propõe a buscar o sentido do ser através de um ente privilegiado, que sendo compreende algo como o ser. Heidegger vai observar o homem, o qual chama de Dasein, ou ser-aí, presença. A presença é um ente privilegiado porque é pura possibilidade de ser, ela possui um primado ôntico e ontológico. Como a presença é um sendo, utilizaremos as suas próprias experiências para compreender como é construído o ser-no-mundo. O ser-aí se encontra jogado em um mundo cheio de ocupações, em que irá se utilizar do cotidiano para construir suas preocupações, para poder assim descobrir-se como um ser de possibilidades. A presença na maior parte das vezes está tomada pelo seu mundo, o mundo da presença é compartilhado. A presença no cotidiano é o impessoal, aquele que não tem responsabilidade, que nivela suas possibilidades e foge da morte, para não sentir dor. O impessoal vive da falação, ambiguidade e curiosidade, se guia pela opinião pública e, por isso, cai na decadência. Viver na impessoalidade dá ao ser a característica de ser neutro e inautêntico. A cura é o cuidado que leva o ser-aí a diversas ocupações e preocupações, é o conjunto das relações do ser da presença no mundo. A presença através da sua forma de ser autêntica compreende a sua disposição para a angústia, sabe das suas possibilidades e do seu ser-para-o-fim. A morte do outro abre na presença a certeza do seu findar, levando a mesma a sentir-se estranha, vazia. Na morte a presença compreende a sua impossibilidade de ser completa, enquanto ser-no-mundo. O ser-para-o-fim compreende a sua incapacidade de ser todo, de ser si-mesmo no mundo, enquanto ser de existência. A morte confere totalidade à presença, uma vez que podemos falar da presença como um ente que possui começo, meio e fim. Na morte a presença deixa de ser existência e torna-se ausência. |
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