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A presente monografia propõe uma discussão teórico-metodológica sobre questões de
identidade e diversidade, conceitos que parecem contraditórios, mas apresentam uma
interdependência conforme elucida Silva (2011). Assim um trabalho que se propõe a tratar da
interculturalidade não pode ficar alheio a esse debate, já que se criou a ilusão, em nosso país,
de que a miscigenação é a solução para resolver questões de subordinação; amparados nessas
considerações, defendemos que a uniformização cultural afeta tanto as identidades tidas como
subordinadas quanto às consideradas hegemônicas socialmente, pois desloca as identidades
originais. Com o intuito de analisar como a instituição escola e os profissionais da educação
podem assumir uma identidade intercultural, nos propomos a uma investigação
epistemológica, de cunho antropológico e sociológico, guiada por Louro (1997) e Nascimento
(2005), a fim de discutir quem é esse sujeito pós-moderno, a partir das considerações de Hall
(2006), e como ele convive com a diversidade cultural que o circunda, analisando as
perspectivas e documentos educacionais que orientam para o trato da pluralidade cultural.
Para tanto, relatamos e analisamos as experiências proporcionadas pelos projetos pedagógicos
Da Cultura Erudita à Cultura Popular e Lei 11.645/08 Fazer Valer, Basta Querer!
Desenvolvidos nos anos letivos 2012 e 2013 respectivamente na Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Major Antônio de Aquino, situada na cidade de Mulungu/PB. Por fim,
constatando que a identidade não é adotada como forma de autoafirmação, mas de
desqualificação de determinados grupos sociais, o que faz com que haja uma negação do
pertencimento étnico racial e uma defesa da miscigenação em nome de uma aceitação e
possível ascensão social. Dessa forma, faz-se urgente uma intervenção no âmbito educacional
a fim de propiciar o oferecimento de educação de qualidade guiada por uma pedagogia com a
diversidade. |
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