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No presente trabalho objetiva-se apresentar aos leitores algumas considerações sobre a obra O
Espelho das almas simples e aniquiladas e também sobre a vida de Marguerite Porete. Sua
obra expressa aspectos da teologia mística que, fundamentalmente, constitui também a
experiência da autora. Marguerite usa a metáfora do espelho para mostrar como o ser carnal,
cheio de vontades e anseios poderia se abandonar em Deus. Alicerçando sua obra em
conceitos como o nada e o aniquilamento, nos propõe uma forma de alcançar a divindade de
forma prática e real, chegando a um estado de total desprendimento, onde a categoria do nada,
tão importante para alguns filósofos modernos e contemporâneos, se mostra como importante
na reflexão poretiana. Deste modo, pensar em uma imagem de Deus é pensar em um total
aniquilamento, pois, como fica bem claro ao longo do livro, Marguerite fala do indizível, do
Deus do qual não se pode falar, mas senti-lo. |
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