Resumo:
Este trabalho tem por objetivo historicizar o movimento social feminismo na cidade de
Campina Grande-PB entre os anos de 1982 e 1992. Visamos problematizar a
emergência de grupos feministas no recorte proposto, a saber: o Grupo de Mulheres de
Campina Grande (1982) e o Grupo Raízes (1984), analisando seus diálogos com o
feminismo nacional e local, mapeando suas atuações, configurações e desdobramentos.
A partir dos referenciais teóricos de Certeau (2002), Rago (1995, 2013), Chartier (2010)
e outros, analisaremos a instauração de novas maneiras de fazer e viver o feminismo na
cidade, percebendo suas afetações e diálogos com outros grupos ao mesmo tempo em
que mapearemos as práticas políticas, intervenções e metodologias utilizadas. Para fiar
esse tecido, recorremos à história oral, quando a partir da memória, realizamos
entrevistas com participantes do movimento no período dado. Além da história oral,
jornais de circulação no período a nível local e jornais feministas de circulação nacional,
possibilitaram a elaboração de nosso estudo. Veremos que o feminismo foi responsável
por alterar comportamentos e elaborar subjetividades outras para suas integrantes. Nesse
sentido, esperamos contribuir com a sistematização da história e da memória do
feminismo no Estado.
Descrição:
Sobreira, D. N. "Mulher bonita é a que luta": nas tessituras do feminino em Campina Grande - PB (1982-1992). 2014. 74f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.