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Os contos de Fadas renovaram-se, e com isso surgiram novos personagens como príncipes e princesas que correspondem aos conceitos vigentes da época em que são escritos. Mas as novas histórias nascem da relação com contos infantis de outras épocas e autores, e em suas estruturas e formas esses textos incorporaram os atuais contos de fadas apresentando-se em traços intertextuais com características novas. Os novos contos subvertem os estereótipos de personagens tradicionais e modificam o desenrolar das estórias, assim novas possibilidades para a representação de gêneros surgem. Temáticas como, identidade, classe social, etnia e outros marcadores sociais se apresentam instáveis, móveis e contraditórios e tornam-se fundamentais no entendimento do estudo onde a identidade feminina e masculina, a desmistificação do príncipe encantado, a desconstrução do estereótipo da beleza, estão presentes.A presente monografia apresenta os novos príncipes e princesas descritos por Flávio de Souza em quatro contos do livro Príncipes e Princesas, Sapos e Lagartos. O livro trata de histórias modernas de tempos antigos, conforme descrição do próprio autor, que remodelam o clássico dos tradicionais contos de fadas. Nesse contexto, como objetivo principal, pretende-se, aqui, analisar as figuras femininas e masculinas presentes nessas narrativas infantis, e investigar a (re) constituição das identidades femininas e masculinas presentes no texto, com uma visão comparativa e intertextual. Nessa perspectiva esta monografia desenvolve-se sob a luz dos estudos de Bauman (2005), Coelho (2000), Hall (2005), Khéde (1990), Louro (1998), Machado (2004), Perrault (2005), Woodward (2007), entre outros. Constatando de que o encontro das antigas e novas narrativas, com funções sociais diferentes, apresentam aos leitores novas percepções do mundo contrapondo as percepções por longo tempo propagadas pelos clássicos contos de fadas. |
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