Resumo:
O Aedes aegypti, vetor da dengue e febre amarela, é um inseto cosmopolita, que necessita de
constante monitoramento de suas populações. Atualmente, técnicas de georreferenciamento e
análise genética de populações são ferramentas importantes para os sistemas de vigilância
epidemiológica, controle do vetor e diminuição da incidência da dengue. Assim, este trabalho teve
como objetivo comparar os padrões de distribuição espacial e variações genéticas entre 24
populações de A. aegypti coletadas na mesorregião do Agreste Paraibano. Os municípios de coleta
foram Alagoa Grande, Alagoa Nova, Campina Grande, Esperança, Lagoa Seca e Serra Redonda. Os
ovos dos mosquitos foram coletados utilizando-se armadilhas para coleta de ovos, a partir de bairros
com altos índices de infestação do vetor – ponto A - e em bairros equidistantes a 500 m, 1.000 m e
1.500 m de distância do ponto A, constituindo os pontos B, C e D, respectivamente. Os ovos
coletados foram levados ao laboratório para criação do mosquito, identificação e determinação do
Índice de Infestação para Armadilha de Oviposição (IAO). Coordenadas geográficas para cada ponto
de coleta foram obtidas e montada uma matriz de distâncias geográficas com o número dos
quarteirões, o total de residências e/ou estabelecimentos positivos ou não. As análises de
eletroforese foram realizadas no Laboratório de Entomologia do Núcleo de Bioecologia e Sistemática
de Insetos, da Universidade Estadual de Paraíba (UEPB). Nesse estudo foi observado que o IAO foi
elevado, acima de 20%. A maior incidência do vetor foi constatada para o bairro Catolé, ponto C do
município de Esperança, com IAO de 90%. A atividade esterásica foi visualizada através dos
substratos α e β-naftil acetato, possibilitando a visualização de seis regiões de α e β-esterase,
denominadas EST-1 a EST-6. A maior variabilidade genética foi observada para as amostras de
A.aegypti do ponto D dos municípios de Serra Redonda e Alagoa Grande, pois correspondem às
localidades com maior proporção de locos polimórficos, 66,67% e 50% respectivamente. Foi
constatado um altíssimo Índice para Armadilha de Oviposição dentro dos municípios, bem como diferenças alélicas entre essas populações.
Descrição:
LUCENA FILHO, M. L. de. Distribuição espacial e variabilidade genética em
populações de Aedes (Stegomyia) aegypti (L.) (Díptera: culicidae) de municípios do Agreste Paraibano. 2012. 50f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.