Resumo:
A utilização de derivados vegetais nativos voltados para o desenvolvimento de
fitoterápicos mostrou-se como forma de atender a demanda da indústria farmacêutica
por matérias-primas e consequentemente valorizar o potencial dos recursos obtidos da
flora brasileira. O óleo de babaçu (Orbignya phalerata) pode ser extraído a partir das
amêndoas da palmeira de mesmo nome, e dentre as suas utilizações populares, se
destaca a utilização como alternativa nos tratamentos de vulvovaginite e ferida cutânea.
A aplicação desse óleo em novos sistemas de liberação, como as microemulsões (ME)
torna-se promissor no sentido de otimizar os seus aspectos, como biodisponibilidade e
eficácia terapêutica. O presente trabalho teve como finalidade incorporar o óleo de
babaçu em ME do tipo óleo-em-água, visando a administração tópica, e ainda
caracterizar a formulação quanto aos seus aspectos físico-químicos. A definição do EHL
do óleo (8) foi feita como etapa inicial do estudo, prosseguindo com a construção de um
diagrama de fases composto pela mistura de Span
®
80 e Kolliphor
®
EL (6:4) como
tensoativos, propilenoglicol e água (3:1) como fase aquosa e o próprio óleo de babaçu
puro como fase oleosa. A partir da região de ME obtida, uma formulação foi
selecionada para avaliação das suas características quanto ao pH, condutividade e
índice de refração (IR), evidenciando-se ao final dessas, uma ME do tipo óleo-em-água.
Além disso, a análise do tamanho de gotículas por espalhamento de luz dinâmico (DLS)
e potencial zeta demonstrou que a formulação proposta se tratava de um carreador
nanométrico estável.
Descrição:
REIS, M. Y. de F. A. Desenvolvimento e caracterização de microemulsão com óleo de babaçu (Orbignya phalerata) para uso tópico. 2014. 44f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.