Disfunção temporomandibular e qualidade de vida de idosos institucionalizados e sua autopercepção sobre saúde bucal

Abstract

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a influência da disfunção temporomandibular na qualidade de vida de idosos institucionalizados e sua autopercepção sobre saúde bucal, através de uma abordagem quantitativa utilizando o Índice de Determinação da Saúde Oral Geriátrica (GOHAI), Índice Anamnésico de Fonseca (DMF), e o Índice Oral Health Impact Profile – short form (OHIP14).

Para coleta de dados foi utilizado um formulário que foi preenchido pelo examinador. Foram realizadas análises descritivas de frequência e porcentagem, medidas de tendência central e dispersão. Utilizaram-se ainda técnicas inferenciais, como não paramétricos (Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e correlação de Spearman e qui quadrado de aderência). Dos 30 avaliados, a maioria era do sexo masculino (63,0%) com predominância do analfabetismo (40,0%) e 93,3% recebendo menos de um salario mínimo. Com relação ao grau de severidade da disfunção Temporomandibular, 70% dos participantes foram classificados como com DTM moderada, 43,3 % apresentaram médio impacto na qualidade de vida e 36,7 possuíam auto percepção baixa. As correlações mostraram que o OHIP total se correlacionou positivamente e significativamente com o DMF (r = 0,51; p ≤ 0,01) e negat ivamente e significat ivamente com o GOHAI total (r = 0,49; p ≤ 0,01). Os dados obtidos na pesquisa mostraram que as condições de saúde bucal exerceram forte influência na qualidade vida dos idosos.