dc.description.abstract |
O período após o parto é chamado de puerpério, momento em que as modificações locais e
sistêmicas provocadas pela gravidez e parto retornam à situação do estado pré-gravídico.
Durante a gestação, alterações hormonais provocadas pela relaxina, progesterona e
estrógeno, associadas ao crescimento uterino, podem provocar o estiramento da
musculatura abdominal, atingindo principalmente os músculos reto-abdominais. As
mudanças biomecânicas nos músculos abdominais facilitam o aparecimento da diástase
dos músculos reto abdominais, que pode ser definida como o afastamento entre estes dois
músculos. Sabe-se que esta disfunção não provoca diretamente desconforto ou dor,
entretanto, com a distensão excessiva, acima de dois centímetros, pode haver uma
alteração na capacidade da musculatura abdominal em atuar na estabilização do tronco,
predispondo ao desenvolvimento de dor lombar e interferindo em funções como postura,
defecação, parturição, movimentos do tronco, além da contenção visceral. A presente
pesquisa teve como objetivo avaliar a diástase dos músculos reto abdominais supra e infraumbilical
em primíparas e multíparas no pós-parto transvaginal imediato, correlacionando os
dados obtidos com fatores maternos, gestacionais e fetais. O estudo foi do tipo transversal e
descritivo com abordagem quantitativa, com amostra caracterizada como não probabilística
por acessibilidade, composta por 50 puérperas, inclusa na faixa etária de 18 a 35 anos. Foi
realizada em uma maternidade pública na cidade de Campina Grande. Na análise dos
dados foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade na distribuição dos
dados. Para comparar os valores da DMRA, entre primíparas e multíparas, foi utilizado o
teste de Mann-Whitney. Os resultados obtidos mostraram que os valores da DMRA supra e
infra-umbilical não apresentaram diferença significativa entre as primíparas e multíparas.
Contudo, a DMRA supra-umbilical foi significativamente maior do que a infra-umbilical,
independentemente da paridade. Evidenciou-se, ainda, uma correlação positiva da idade
com a DMRA superior e inferior, sendo esta significativa (p<0,0001). |
pt_BR |