Resumo:
As microcistinas são o grupo de cianotoxinas mais persistente e mais amplamente distribuído em
todo o mundo estão associados a um grande número de casos de intoxicações em humanos e
animais. Elas apresentam elevada estabilidade na água, não sendo satisfatoriamente removidas
através dos processos convencionais de tratamento da água, sendo necessária a implantação de
etapas exclusivas para sua remoção. Este trabalho teve como objetivo avaliar em escala de bancada
a remoção de microcistina-LR de água destinada ao abastecimento público através de oxidação
com reagente de Fenton. A água de estudo foi preparada com adição de 20 mL de extrato de
microcistina-LR (após congelamento/descongelamento por três vezes consecutivas da cultura pura
de Microcystis aeruginosa) em 1 L de água bruta do reservatório de Acauã, que correspondeu a
concentração de microcistina-LR em torno de 2,7 μg.L
-1
. Foi utilizada a concentração 15 mg.L
de FeSO
4
.7H
2
O e 5,50 mg.L
-
1 de H
2
O
2
para pH de oxidação variando entre 2 e 7 com tempo de
oxidação entre 5 e 30 min. Após a oxidação, a turbidez foi reduzida, em percentuais variando entre
74% e 85% em pH igual a 2, e aumentou substancialmente nas demais faixas de pH, o que sugere
uma eficiente formação de Fe(OH)
2+
, que é responsável pela formação dos radicais hidroxila. Em
pH 6 e 7, houve remoção de até 96,3% de microcistina-LR e em pH entre 2 e 5 houve remoção
completa de microcistina-LR em todos os tempos de oxidação, garantindo um efluente com
concentração inferior ao valor máximo permitido que é de 1 μg.L
-1
exigido pela Portaria 2914/11
do Ministério da Saúde.
Descrição:
ARAGÃO, M. H. S. Aplicação do processo Fenton na remoção de microcistina-LR para água destinada a abastecimento humano. 2014. 45f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.