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Este artigo analisa e narra algumas questões referentes a docência e ensino
da alfabetização em alunos cegos no Instituto dos Cegos, localizado na cidade de
Campina Grande, Paraíba. Para isso, recorro a narrativa da minha trajetória pessoal
enquanto professora de letramento e alfabetização em braille. Neste percurso a
profissional foi alfabetizado alunos entre seis e doze anos de idade. Foi recorrido aos
mais recentes para efetivar uma análise, uma vez que estão mais próximos da
memória. Acredito que a importância desse artigo, espécie de trabalho de concluso
de curso, é sim falar de uma experiência. Mas, desde as provocações de Walter
Benjamin, em seu texto Experiência e Pobreza, a experiência vem de uma
coletividade, de uma viagem e tem a ver com travessias e deslocamentos. Desse
modo esse relato vive, vai além do que se escreveu e alerta para o leitor um mundo
ainda pouco visitado na academia, a pesquisa empírica no trato da pessoas cegas
ou com baixas visões. Afinal, é um grupo também chegado a letras, ao mundo das
palavras e que muitas vezes são construídos nas falas de outrem porque
recorrentemente, por muito tempo, não tiveram acesso a fala nem ao mundo ainda
restrito das universidades. |
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