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A discussão acerca do tema do abuso sexual infantil é árdua e complexa, recai sobre um
conjunto de valores culturais, ideias e sentimentos que envolvem a estrutura familiar e a
sexualidade da criança. Este artigo, tem como objetivo discutir a temática do abuso sexual
infantil de caráter incestuoso a luz da teoria psicanalítica, mencionando a problemática
oriunda da construção teórica da psicanálise que assola o tema até os dias atuais, as
contribuições dadas por este ao se fazer parte constituinte da equipe multidisciplinar de
profissionais que lidam diretamente com o abuso sexual, além de enfatizar a gravidade
exorbitante desta violência para o psiquismo infantil que encontra-se ainda em constituição.
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema, na qual pesquisou-se artigos publicados
entre 2006 e 2012, com ressalva a um artigo que foi publicado no ano de 1999. A busca foi
realizada nas bases de quatro periódicos online, são eles: Lilacs, Scielo, PePsic e Revista
Percurso. Na análise dos dados foram considerados quatro artigos, os quais foram
selecionados por tratarem de forma prática e cautelar o abuso sexual praticado contra crianças
e adolescentes e as contribuições oriunda da psicanálise na constituição psíquica dos sujeitos
que vivenciaram tal abuso. Esta permitiu verificar a aplicabilidade da teoria descrita no
referencial teórico ao manejo clínico do analista, as consequências do abuso sexual infantil
para o psiquismo, as contribuições oriundas da teoria freudiana para as intervenções frente a
casos de abuso sexual, bem como os “cuidados” que devem ser tomados pelos analistas para
não incorrem no erro de considerar os casos de abuso sexual apenas no âmbito da fantasia e
assim, reafirmar a situação traumática na criança/adolescente vítima. |
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