Resumo:
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) assiste emergências traumáticas, clínicas, pediátricas,
neonatais, cirúrgicas, gestacionais e de saúde mental, exigindo dos profissionais habilidades para prestar
atendimento imediato, dispensando o mínimo de tempo nas ações de intervenção e de resgate, contribuindo para
aumentar o nível de sobrevida, evitar e minimizar sequelas, tudo isso pode ser fator desencadeante de estresse,
desmotivação, insatisfação no trabalho, o que irá afetar a Qualidade de Vida desses profissionais. O objetivo
geral deste estudo foi analisar a qualidade de vida dos profissionais que atuam nas ambulâncias do SAMU –
Campina Grande – PB. Foi um estudo exploratório com abordagem quantitativa. A amostra geral foi composta
por 75 participantes, sendo 14 médicos, 18 enfermeiros, 19 técnicos de enfermagem e 24 condutores socorristas.
Foram utilizados dois instrumentos para a coleta de dados, um com questões à respeito de aspectos
sociodemograficos, para a caracterização dos profissionais entrevistados e, o outro instrumento foi o de
investigação da avaliação da qualidade de vida dos profissionais, realizado através do questionário WHOQOLbref
da Organização Mundial de Saúde. Os dados sociodemograficos receberam tratamento estatístico simples
feito pelo programa Excel 2013 e, o para o WHOQOL-bref foi construído um banco de dados no programa IBM
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0 para Windows e os resultados foram
apresentados em tabelas e gráficos tendo como base a literatura pertinente. A amostra em sua maioria por
participantes do sexo masculino, no geral são adultos jovens, com idade abaixo de 40 anos, em sua grande
maioria solteiros, onde a maior parte atua no SAMU a menos de 1 ano, porém, existe uma parcela significava
que trabalha na instituição desde sua implantação, ou seja, a mais de 9 anos e, ao serem questionados se
possuíam outro emprego, foi encontrado que a maior parte dos sujeitos trabalham em outra e/ou outras
instituições, demonstrando a existência do multiemprego entre os profissionais. Analisando os resultados de
qualidade de vida geral e por categoria, foi possível observar que a categoria de médicos apresenta um nível
mediano (64,3%) de qualidade de vida, o que é um pouco mais baixo que o restante das categorias, que referiram
ter uma qualidade de vida alta (Enfermeiros 66,7%; Técnicos de Enfermagem 57,9% e Condutores Socorristas
62,5%). Resultado este, que foi espelho dos dados encontrados na análise de cada domínio. Não implica dizer
que a classificação média, em que a maior parte dos médicos se encontra, seja reconhecida como negativa,
apenas demonstra que, possivelmente as outras categorias se auto avaliam melhor e tem uma visão de si próprio
e do conjunto de fatores que resultam na qualidade de vida de forma mais positiva, ou pode demonstrar que pelo
fato dos médicos estarem inseridos em um nível socioeconômico diferenciado dos demais pesquisados, estes
possuem maiores expectativas, as quais, não fazem parte da realidade social das demais categorias.
Descrição:
PATRÍCIO, D. F. Qualidade de vida: estudo com os profissionais do SAMU – Campina Grande-PB. 2014. 64f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.