Resumo:
Atualmente tem sido verificado que a ocorrência de eventos hidrológicos extremos, como as
inundações estão ocorrendo com maior freqüência e intensidade, afetando uma maior área de
abrangência. Isto se deve provavelmente a ocupação desordenada ao longo do rio, bem como,
de sua calha, haja vista que não há uma política de ordenamento urbano nos municípios, nem
tampouco fiscalização da ocupação do solo. Dessa forma, basta iniciar o período chuvoso para
surgir à notícia de mais uma enchente e suas conseqüências, que vão desde a perda material
até o sofrimento ocasionado a população ribeirinha. O estado de Pernambuco tem histórico de
enchentes que remontam desde o século passado, sendo assim, medidas estruturais e não
estruturais que visem evitar e/ou mitigar os efeitos das enchentes são de extrema importância,
a exemplo da construção de barragens de contenção de cheias. Para tanto, a escolha do local
do eixo barrável deve ser analisada cuidadosamente levando-se em consideração local que
permita acumulação de água, bem como, menor área de inundação. Diante disso, este trabalho
objetivou identificar possíveis eixos barráveis por meio de geoprocessamento, a fim de sugerir
locais para construção de barragens de controle de cheias. Para tanto, foram utilizadas
ortofotos digitais e Modelo Digital de Terreno (MDT) obtidos a partir do perfilamento a laser
LIDAR em escala igual a 1:5.000. A partir das estimativas obtidas nos resultados pode-se
observar que os eixos inseridos nas partes 1 e 5 do rio Mundaú; parte 6 do rio Canhoto, assim
como os eixos localizados nas partes 3 e 4 do rio Paraíba; apresentaram elevado volume de
acumulação e menor área de inundação, sendo boas sugestões para possível construção de
barragem de controle de cheias.
Descrição:
SILVA, F. J. B. C. da. Avaliação do potencial de estocagem de água para controle
de enchentes nas bacias dos rios Mundaú e Paraíba em território
pernambucano por meio de geoprocessamento. 2011. 48f. Monografia (Especialização em Geoprocessamento). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.