Resumo:
A utilização de plantas medicinais visando o tratamento e a provável cura de doenças sempre
foi o principal meio que a humanidade recorreu, desde tempos remotos. Segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS) 80% da população mundial dos países em
desenvolvimento faz uso de medicamentos, que direta ou indiretamente, são derivados das
plantas. As crianças pertencem a um grupo populacional que sofre influência de diversas
pessoas como os próprios pais, avós, vizinhos, que muitas vezes utilizando-se de suas culturas
e experiências próprias, prescrevem os mais diversos tipos de plantas medicinais e/ou
fitoterápicos, geralmente para tratar os problemas corriqueiros da infância. O uso de plantas
medicinais na infância, especialmente nos bebês pode acarretar consequências sérias, pois
geralmente seu sistema imunológico, hepático e renal ainda são pouco eficientes para lhe dar
com substancias estranhas ao organismo. O aleitamento materno deve ser a única fonte de
alimentação da criança até o sexto mês de vida, sempre que possível. Se necessário à
prescrição dos medicamentos, incluindo os chás, que para muitas pessoas pode parecer
inofensivo, deve ser prescrito por profissional capacitado. Com base nessa perspectiva o
presente estudo objetiva reunir dados existentes na literatura sobre o uso de plantas medicinais
e seus riscos no cuidado de crianças, e a atuação do enfermeiro na orientação quanto ao uso
indiscriminado. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, foi realizado busca nos
bancos de dados (LILACS, MEDLINE. BIREME e SCIELO) e outros materiais impressos.
Com o resultado, foi possível identificar a camomila (Matricaria Chamomilla), a erva-doce
(Pimpinella anisium), a hortelã (Mentha piperita), o boldo (Peumus boldus), a erva-cidreira
(Melissa officinalis) e o alho (Allium sativum) como algumas das plantas mais utilizadas pelas
crianças e que se usadas de forma inadequada podem ser nocivas. O enfermeiro deve agir com
seu papel de educador em saúde, buscando aliados nessa causa, como a própria família da
criança, sendo esta a mais interessada em seu bem estar, levando sempre a informação
científica para juntar-se ao saber popular, é preciso sempre alertar as mães e/ou responsáveis
sobre a importância do uso adequado de todos os tipos de medicamentos, dessa forma estará
garantindo uma assistência de qualidade a seus pacientes.
Descrição:
SANTOS, A. A. dos. O uso de fitoterápicos e plantas medicinais no cuidado de crianças: o papel do enfermeiro. 2014. 26f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.