Resumo:
O ritmo estressante e frenético da vida moderna colocou em evidência uma doença
que não tem origens recentes: o câncer. Desde sempre acompanhou o homem em
toda sua existência, trazendo sofrimento e angústia para o doente e familiares.
Nenhum tipo de câncer parece ser tão assolador e impactante como o câncer de
mama feminino, onde a mulher passa a enfrentar profundas alterações corporais
decorrentes da busca pela cura. Dentre os tratamentos, a quimioterapia é um dos
que provocam grandes impactos na mulher devido aos vários efeitos indesejados
que provoca, tais como fadiga, náuseas, diarréia e, principalmente, a alopécia,
grande provocador de distúrbios na auto-imagem da mulher. O objetivo da presente
pesquisa é avaliar os impactos que o tratamento quimioterápico provoca em
mulheres com diagnóstico de câncer de mama. Para isso, através de uma pesquisa
descritiva de caráter exploratório e abordagem quanti-qualitativa, foi aplicado um
formulário para 16 mulheres com câncer de mama e em tratamento quimioterápico
na FAP. A maioria das entrevistadas estava numa faixa de idade superior aos 50
anos (60,5%), eram pardas (50%), casadas (38%), tinham filhos (88%), ensino
fundamental incompleto (56,25%), católicas (69%). Ainda uma parcela considerável
delas não exercia nenhuma atividade remunerada (43,75%) e também não recebiam
aposentadoria. Metade das mulheres negaram ter problemas decorrentes da
quimioterapia, mas todas elas apontaram ao menos um sintoma indesejado
resultante da ação de drogas antineoplásicas. Náuseas e vômitos foram os
problemas que afetaram mais mulheres (56,25%), seguidos pela anorexia (50%), dor
(43,75%) e insônia (43,75%). 63% se dizem incomodadas com tais efeitos. 69%
revelam se incomodar em algum grau com a queda dos cabelos. No desempenhar
de suas atividades, 56% afirmaram requerer assistência ocasional. Quanto ao bem
estar psicossocial, 75% delas se sentem próximas dos amigos, 94% disseram que
seus familiares aceitaram a doença e fornecem apoio emocional. Entretanto, metade
delas se sentem tristes, a maioria se preocupa com a morte e 67% afirmaram sentir
algum grau de nervosismo. Metade também não se sente sexualmente atraente e a
minoria (31,25%) mantém uma vida sexual ativa.
Descrição:
ARAÚJO, T. E. F.
Câncer de Mama: impacto da
quimioterapia. 2011. 122f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.