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Introdução: As doenças cardiovasculares se tornaram uma das principais causas de
mortalidade em todo o mundo, sendo a doença arterial coronariana a mais frequente e
tendo diversos fatores de risco relacionados. A dislipidemia destaca-se como fator
independente e de importante relação. Constatou-se que a doença aterosclerótica
começa a se desenvolver na infância e adolescência, e quanto mais precoce o
diagnostico subclínico, maior a sobrevida da população. Objetivos: Pretende-se
observar a relação do perfil lipídico com a espessura média intimal da carótida em
escolares adolescentes do município de Campina Grande, PB. Métodos: Estudo
transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido nas escolas públicas de pequeno
porte do município de Campina Grande, Paraíba, Brasil, Amostra composta por
adolescentes entre 15 e 20 anos incompletos. Utilizou-se a análise de variáveis
bioquímicas para caracterizar o perfil lipídico: colesterol total, lipoproteína de alta
densidade (HDL), colesterol não-HDL e triglicerídeos. A espessura médio-intimal da
carótida foi obtida com um aparelho de ultrassonografia doppler de alta resolução. Os
formulários para obtenção de dados socioeconômicos foram submetidos à validação no
subprograma Validate do Epi Info 7, utilizado, juntamente com o Statistical Package
for the Social Sciences (SPSS, versão 22.0) para o processamento das análises
estatísticas. Resultados obtidos: A amostra foi composta por 103 adolescentes. Obtevese
idade
média
de
16,7
±
1,1 anos.
O
sexo
mais
prevalente
foi
o
feminino
(69,9%).
Mais
da
metade da população (59,2%) denominou-se não-branca. E observou-se que, na
maioria (88,35%), as mães apresentaram-se como as responsáveis pelos menores.
Quanto à classe socioeconômica, constatou-se maior prevalência (37,9%) da classe C1.
No que se refere ao perfil lipídico, 49,0% dos adolescentes apresentaram HDLcolesterol
abaixo
do
valor
esperado.
Já
os
valores
das
médias
das
medidas
da
espessura
das
carótidas foram semelhantes em meninos (0,512; DP:0,039) e meninas (0,515;
DP:0,037). Sendo observado analise estatística significativa entre o colesteol HDL e a
espessamento médio intimal. Conclusão: A maior parte da amostra obteve valores
desejáveis para a faixa etária, porem as alterações no perfil lipídico não deve ser
desprezado tendo em vista a predisposição para doenças cardiovasculares futuras. E
utilização do espessamento medio intimal das carótidas é considerado um importante
avaliador do risco precoce de aterosclerose subclínica e necessita de mais estudos em
crianças e adolescente que comprovem a sua eficácia nessa faixa etária. |
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