Resumo:
O conhecimento das particularidades dos traumatismos faciais é importante, pois estes
comprometem definitivamente a vida do ser humano e, quando mal abordados, deixam
sequelas, marginalizando o indivíduo do convívio social, gerando incapacidade de trabalho,
condenando-o ao segregamento econômico. Objetivou-se avaliar a prevalência de trauma
facial em crianças e adolescentes vítimas de acidentes de trânsito. Foi realizado um estudo do
tipo transversal e censitário com laudos odonto médico legal de 247 vítimas de acidentes de
trânsito com idade até 19 anos, atendidas no período de quatro anos em um Núcleo de
Medicina e Odontologia Legal e que apresentaram lesão corporal e/ ou facial. Foi utilizada a
análise estatística descritiva. Verificou-se que 10,2% dos indivíduos tiveram lesões faciais, a
maioria das vítimas era do gênero masculino 70,9%, sendo a proporção do gênero masculino
para o feminino de 2,43: 1, a média de idade foi de 14,42 anos (DP = 4,85 anos), o tipo de
acidente mais frequente foi o moto ciclístico com 57,0% seguido do atropelamento com
24,2%, o período noturno foi o mais prevalente com 52,9%, em relação as vítimas que
tiveram trauma facial, a maioria teve mais de um terço da face atingida, e o tipo de trauma
mais frequente foi em tecido mole. Observou-se que adolescentes do sexo masculino, na faixa
etária de 10 a 19 anos, com até 08 anos de estudo, foram as vítimas que apresentaram maior
prevalência quanto aos acidentes moto ciclísticos. A região do corpo mais afetada foram os
membros inferiores e a face foi pouco acometida. O tipo de trauma facial mais frequente foi o
de tecido mole e o terço superior, foi o sítio da região da face mais atingido.
Descrição:
LIMA, M. M. S. M. Prevalência de trauma facial em crianças e adolescentes vítimas de acidentes de trânsito. 2014. 35f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2014.