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O presente trabalho tem como objeto de estudo a aula de campo no ensino de Geografia. Uma vez que, no processo de ensino e aprendizagem, sobretudo na disciplina de Geografia, surge a necessidade de se pensar em uma prática educacional que respeite a autonomia do aluno na construção do conhecimento, tendo o professor como mediador, considerando a realidade socioeconômica que a comunidade escolar faz parte, assim como, o dia-a-dia dos próprios estudantes; a pesquisa justifica-se pelo fato do estudo de campo, quando trabalhado como um método didático interdisciplinar, amplia a visão e a compreensão do aluno em relação ao espaço geográfico, por meio da interação com o meio sociocultural, o que facilita a contextualização dos conteúdos disciplinares, entre si, e com o cotidiano. Dessa forma, o objetivo principal do trabalho, é compreender a importância do estudo de campo na construção da percepção socioespacial do aluno, ressaltando o desenvolvimento de tal prática em uma perspectiva interdisciplinar. A partir da corrente fenomenológica, o trabalho baseia-se em uma pesquisa-ação, de abordagem quali-quantitativa, tendo como público alvo alunos do 1º ano e 2º ano do Ensino Médio da Escola E. E. F. M. Joana Emília da Silva, no município de Fagundes-PB, os quais participaram de uma aula de campo desenvolvida na disciplina de Geografia, em parceria com as disciplinas de História, Filosofia, Sociologia e Biologia, realizado no Sítio Arqueológico Pedra de Sando Antônio, principal ponto turístico do município. A pesquisa, de cunho bibliográfico e campo, contou com a aplicação de questionários direcionados aos alunos e professores envolvidos na aula, um levantamento teórico-conceitual referente a prática interdisciplinar da aula de campo no ensino de Geografia socioconstrutivista e, a concepção de espaço geográfico, percebido como espaço vivido do indivíduo. Assim, pode-se considerar que, além de possibilitar a espacialização dos fenômenos estudados em sala de aula, o estudo de campo proporciona aos alunos diferentes visões sobre um mesmo objeto de estudo ou conteúdo, contribuindo também, para o desenvolvimento crítico-reflexivo do aluno. Nessa perspectiva, a educação e o processo de ensino e aprendizagem se dão de forma coletiva e participativa, pois o professor assume a posição de orientador, enquanto que o aluno passa a ser visto como sujeito do seu próprio processo construtivo. |
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