Resumo:
A história da literatura brasileira se constituiu com base no “mito do colonizador” cuja colônia por ser considerada vazia culturalmente recebia histórias, livros e poesias em troca de cana-de-açúcar, ouro e café. Todavia, as influencias lusitanas desprendem-se do cordel nordestino, de modo que ele alça voos distantes esteticamente e editorialmente. Essa literatura de folhetos assume peculiaridades que a desprendem desse mito através da presença da oralidade com poemas narrativos guardados na memória do povo, no qual heróis e anti-heróis sertanejos usavam da sabedoria popular para garantir sua sobrevivência. Em meio a um contexto de desigualdades, o personagem João Grilo engana aos poderosos e trapaceia o sistema opressor mediante os seus conhecimentos prévios. Nesse sentido, através de uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa almejamos compreender os traços picarescos desse personagem e quais as suas implicações para o âmbito escolar, uma vez que os valores cultivados pela escola voltam-se para a formação cidadã e o do personagem está para a malandragem e um tom satírico-moralizante diante das desigualdades. Desse modo, por meio de uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa pretendemos compreender os traços picarescos desse personagem e como o seu senso de justiça é construído a partir de sua sabedoria. Além disso, objetivamos também entender de que maneira João Grilo usa seus conhecimentos prévios para se sobressair de situações adversas. Portanto, com base nessas discussões, fundamentamos essa pesquisa nas teorias de: Brun (2008), Candido (1970), Cosson (2006), Zilberman (1985), Kleiman (1995), Pinheiro (2008) dentre outros.
Descrição:
OLIVEIRA, Gabriela Santana de. Malandragem e conhecimentos prévios no cordel: as proezas de João Grilo. 2014. 41f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Fundamentos da Educação: Práticas Pedagógicas Interdisciplinares EAD) – Universidade Estadual da Paraíba, Pró-Reitoria de Ensino Técnico, Médio e Educação a Distância, 2016. [Monografia]