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A utilização dos procedimentos cirúrgicos aumentou progressivamente nas últimas décadas, e
nenhum destes estão isentos de complicações. As complicações cirúrgicas podem atingir os
diversos sistemas do organismo; elas são frequentes no pós-operatório de qualquer cirurgia,
porém sua incidência é maior em cirurgias torácicas e abdominais. As complicações
respiratórias são as mais prevalentes, e levam os pacientes a apresentarem quadros de
atelectasia, pneumonia, insuficiência respiratória aguda, além de consequências como uso de
ventilação mecânica invasiva prolongada, sendo este a causa de maior lesão pulmonar. Tais
complicações contribuem para o surgimento de morbidades e elevada incidência de
mortalidade. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o índice de
mortalidade de pacientes de pós-operatório de cirurgia abdominal que evoluem com uso de
ventilação mecânica invasiva atendidos no Hospital Universitário Alcides Carneiro – HUAC.
Trata-se de um estudo documental, descritivo, analítico, retrospectivo, transversal com
abordagem quantitativa, que realizou uma análise de prontuários de pacientes de pósoperatório
de
cirurgia
abdominal
que
evoluíram
com
uso
de
ventilação
mecânica
assistidos
no
HUAC
no período de agosto de 2013 a agosto de 2014. A amostra foi composta por 19
pacientes, com idades entre 27 a 82 anos, a faixa etária mais prevalente foi a idade superior a
60 anos. Foi visto que 79% dos pacientes apresentaram pelo menos uma complicação póscirúrgica,
sendo o Choque séptico o mais prevalente. Da amostra, 70% evoluíram a óbito, e
todos faziam uso de ventilação mecânica, dado que contribui com uma elevada mortalidade
de pacientes pós-cirúrgicos em uso de ventilação mecânica. Em 62% dos pacientes que
evoluíram a óbito a causa foi o choque séptico, confirmando que pacientes pós-cirúrgicos
abdominais estão susceptíveis a maior surgimento de infecções. Portanto é necessária uma
atenção maior à avaliação pré-operatória dos pacientes, por parte da equipe cirúrgica e
multiprofissional, para que se observem os possíveis fatores de riscos existentes, e associar ao
surgimento das complicações cirúrgicas, para que os pacientes possuam uma evolução
satisfatória dos procedimentos cirúrgicos. |
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