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A atividade laboral evoluiu na história. No século XIX, mudanças
significativas foram estabelecidas, onde o desenvolvimento de indústrias desencadearam
novos produtos e mudanças nas condições de trabalho, culminando com a especialização de
inúmeras tarefas laborais. Nesse cenário, mais moderno, o trabalhador passa a realizar
atividades repetitivas e excessivas, potencializando o aparecimento de doenças ocupacionais e
sintomatologia dolorosa. Objetiva-se no presente avaliar servidores públicos no contexto de
trabalho e saúde. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa quantitativa descritiva e
exploratória. O estudo foi desenvolvido em uma instituição de ensino superior do município
de Campina Grande, Paraíba. O presente estudo foi realizado no segundo semestre de 2014,
sendo sujeitos 59 técnicos administrativos, servidores públicos. Foram avaliados aspectos
relacionados a estresse, sobrecarga e sintomas neuromusculoesqueléticos, relacionados ao
trabalho, por meio dos instrumentos internacionalmente validados: Escala de Necessidade de
Descanso (ENEDE); Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL); e o
Questionário Nórdico de Sintomas Neuromusculoesqueléticos. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Foi apresentado estresse em 89,8% (53/59) dos participantes enquanto 10,2%
(6/59) não apresentaram. Prevalecendo, neste contexto, a fase de quase exaustão, com
representação de 54,2% (32/59). No tocante à ocorrência anual e semanal de sintomas
neuromusculoesqueléticos nos pesquisados, verificou-se nos últimos 12 meses e últimos sete
dias, 79,7% (47/59) e 62,7% (37/59), respectivamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Embora os sujeitos tenham apresentado fadiga relacionada ao trabalho de baixa a moderada,
quanto ao estresse percebido, 54,2% (32/59) dos sujeitos estão classificados na fase quase
exaustão/resistência, na qual o indivíduo automaticamente já tenta lidar com os estressores de
modo a manter sua homeostase interna; quanto aos sintomas neuromusculoesqueléticos de
origem laboral, cerca de 80% relataram queixas no último ano e a dor ou perturbação
alcançou em média nível 5, em uma escala que vai de 0 a 10, sendo o ideal a ausência da dor,
ou seja, zero. Conhecer variáveis na condição saúde/doença de servidores públicos poderá
sensibilizar gestores para implantação de políticas institucionais relativas ao tema. |
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