O sobretrabalho docente e suas consequências numa abordagem historicista linear

Abstract

O presente trabalho de ordem bibliográfica tem como fundamento a acepção dos conceitos de trabalho, sobretrabalho, precarização, relacionados com o trabalho docente e entendidos pelo viés histórico, onde se apresenta uma leitura social dos efeitos dos termos para a sociedade que se vê controlada e manipulada em sua instância mais básica que é a manutenção de sua subsistência pelo modal do trabalho. O principal intuito dessa abordagem temática foi analisar como os governos, sociedades e grupos se escondem numa falsa idéia de investimento no professor docente e, por extensão, à educação, e quais leituras advém dessas políticas de sedução e controle desenfreados, que na sua maioria não são percebidos. Uma dificuldade que se apresentou precocemente foi a total ausência de livros que tratassem do tempo pensado de forma elucidada e profunda. Todas as referencias da pesquisa estão ancoradas em teses, monografias, artigos e/ou similares que sinalizam a carência de estudos sobre o tema. A opção por uma linha bibliográfica mostrou-se a mais sensata pelo referencial citado e por falta de um estudo normativo que envolvesse o entendimento dessa evolução histórica da precarização do trabalho e da transformação do trabalhador em algo destituído de identidade e meramente sujeitado a um produto. Recorreu-se ao fundamento sociológico da revolução industrial e as conseqüências para a modernidade e contemporaneidade do capitalismo, não só numa linha marxista como também em diferentes abordagens teóricas onde se explicita a origem do sobretrabalho no conceito de Mais-Valia e os resultados dessa sobrecarga na saúde dos professores hoje.