Resumo:
A Polícia Militar de todo o Brasil reporta a imagem da repressão.Viaturas na rua exibem
a mobilidade do braço armado do Estado. Sua aparência,vista de certa distância, não
passa de uma textura de um componente social massificado por uma ideia hegemônica
do que seja a Polícia Militar, um todo armado e bem treinado. Porém, na aproximação
do objeto, percebemos o quanto a ideia de hegemonia de desfaz. Este trabalho tem como
objetivo analisar a Rádio Patrulha do Segundo Batalhão de Polícia Militar (2° BPM-PB)
como modalidade de policiamento marcada pela mudança de status, deslocando sua
representatividade de uma concepção forte e positiva, do ponto de vista do policiamento
repressivo e atuante, para uma concepção diminuída, negativada por discursos
internosoriginados na própria corporação. Nosso trabalho procura entender quais
dispositivos contribuíram para tal processo de mudança, ao abordar o que se encontra
por fora e por dentro dos muros dos quartéis como fatores condicionantes que afetaram
o brio da Rádio Patrulha. Para tanto, ouvimos alguns militares que fizeram e outros que
fazem parte do quadro da Rádio Patrulha, na intenção de perceber vestígios que nos
levam à certificação de nossas hipóteses. Como principais suportes teóricos,utilizamos
os sociólogos ErvingGoffman e Norbert Elias, que nos dão base na fundamentação da
pesquisa.
Descrição:
Bonfim, R. G. Rádio patrulha: um policiamento marginalizado Campina Grande - Paraíba (1990-2014). 2015. 34f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2015.