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O Estágio Multidisciplinar Interiorizado (EMI) é um componente curricular dos cursos
de saúde da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O presente estudo é um relato
de experiência que tem por núcleo central minhas vivências, enquanto acadêmica de
enfermagem nos serviços de saúde do município de Queimadas, PB. Tem por objetivo
primordial elucidar as experiências vividas e os conhecimentos adquiridos no contexto
dos serviços e do trabalho em equipe na atenção primária à saúde. Foi escrito para
destacar a importância das atividades realizadas no contexto do Sistema Único de Saúde
SUS), para reconhecer os problemas de saúde da comunidade, além de atender questões
pertinentes a formação do enfermeiro. O EMI aconteceu entre os dias 22 de novembro e
17 de dezembro de 2010, contando com uma equipe composta por acadêmicas de
Enfermagem; Farmácia, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia. Os caminhos
percorridos na rede de saúde e as experiências vivenciadas são apresentados através de
um diagrama que inicialmente aponta os serviços que abrigaram os trabalhos realizados:
Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF), Unidade Mista de Saúde e escolas
estaduais e municipais. Em seguida são descritas as principais atividades realizadas:
educação, promoção de saúde, intervenções e procedimentos clínicos. As experiências
vivenciadas permitiram-me organizar uma série de percepções sobre a equipe
multidisciplinar, usuários, serviços e comunidade. Encerrando este relato apresentamos
as inquietações, as ansiedades e aflições vivenciadas no transcurso do EMI e as
reflexões realizadas ao final do estágio. As relações interpessoais estabelecidas com a
equipe de estudantes foram marcadas pelo bom relacionamento, momentos informais e
pela integração para realização de trabalhos em conjunto, embora as diferenças fossem
inúmeras, desde os comportamentos às idéias. O convívio direto com colegas de
estágio, trabalhadores, usuários e gestores da saúde permitiram a valorização do
trabalho em equipe e o respeito à diversidade existente no meio social. O
relacionamento com os usuários dos serviços se mostrou complexo, uma vez que
entrelaçado com as condições socioeconômicas e culturais. Constatei que o profissional
de enfermagem para intervir adequadamente sobre os problemas de saúde deve
conhecer a rede, o seu papel e suas funções na equipe multiprofissional. Por último
vivenciei que a promoção da saúde ocorre através do desenvolvimento de ações de
prevenção, proteção e recuperação que incidam sobre os indivíduos e sobre a
comunidade. A experiência vivenciada no EMI, embora produza inquietações, suscita
anseios de buscar conhecimentos novos e reciclar antigos, gerando uma vontade de
superar as dicotomias identificadas entre as políticas públicas e o exercício das práticas
de saúde no SUS. |
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