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O presente trabalho alude a respeito do que se apresenta na obra O Nascimento da tragédia, ou helenismo e pessimismo, publicada em 1886, pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche, tendo por objetivo principal tratar das dimensões estéticas do dionisíaco, como contraponto ao apolíneo, ambos dispostos como indicadores de modelos de ações e de representações a inspirarem, ante as significações e as dinamizações da vida, a estetização da existência. Em específico, interessa-nos a crítica de Nietzsche aos seus contemporâneos, notadamente quanto à indiferença destes ao dionisíaco. Salientamos que a crítica de Nietzsche, fundada numa Filosofia que se ergue contra a moral cristã ocidental, deve-se a que, em sua visão, a arte trágica, especialmente em seu elemento dionisíaco, desempenha um importante e libertador papel na vida do homem, como indivíduo e como ser na coletividade; desde que este ser, em constante desdobramento como sujeito de uma sociedade em intermitência de crises, ouse propor-se como existência própria, a libertar-se das tentativas de ser que não imputem a si mesmo o fazer estético de uma vida autêntica. |
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