Resumo:
As doenças parasitárias constituem um grave problema de saúde pública e de ordem mundial,
afetando principalmente os países em desenvolvimento, cujos fatores agravantes são às
questões sociais, econômicas, políticas e ambientais. O objetivo desta pesquisa foi verificar a
prevalência de infecção por enteroparasitoses e sua distribuição por faixa etária e sexo, nas
pessoas que vivem na comunidade de Uruçu. Foi realizado um estudo descritivo e explicativo.
A coleta de dados foi desenvolvida no período de agosto de 2010 a fevereiro de 2011, através
da realização de exames parasitológicos de fezes. Foram analisadas 186 amostras de fezes
pelo método de Hoffmann e posteriormente entregues os resultados a todos os participantes.
O percentual de positividade para enteroparasitoses foi de 57%, sendo Entamoeba coli +
Entamoeba histolytica (16%), Entamoeba coli (12%), Endolimax nana e Giardia lamblia
(11%). O biparasitismos foi detectado em 17% das amostras. O maior número de exames
analisados foi no sexo feminino 106 (57 %), destes 56 (52,8%) apresentaram positividade, no
sexo masculino dos 80 exames analisados, apresentaram positividade 50 (62,5%). Todas as
faixas etárias apresentaram uma positividade maior em relação aos casos negativos, exceto a
faixa etária equivalente aos maiores de 60 anos. As faixas etárias de 21 a 40 anos e 41 a 60
anos foram as que apresentaram maior número de exames parasitológicos de fezes realizados.
As pessoas que apresentaram resultado positivo foram orientadas quanto aos hábitos
higiênico-sanitários adequados, encaminhadas ao tratamento junto à equipe de Saúde da
Família e supervisionados quanto à realização do mesmo. Por fim, foi realizada ação
educativa com entrega de panfletos como forma de prevenção e promoção de saúde dessas
pessoas. Conclui-se, nesse estudo, que houve prevalência de casos positivos de
enteroparasitoses tanto no sexo feminino quanto no masculino, portanto as variações na
frequência das doenças entre homens e mulheres podem ocorrer por diferenças fisiológicas,
intrínsecas ou comportamentais, sendo distribuídas por influência na estrutura da população;
nas faixas etárias de zero a sessenta anos os casos positivos foram prevalência, sendo essa
realidade diferente apenas na faixa etária dos maiores de sessenta, o mesmo é justificado
quando autores afirmam que à medida que a idade aumenta, há uma tendência para a
diminuição progressiva das taxas de incidência e de prevalência, afetando mais as crianças.
Diante deste cenário epidemiológico, se faz necessário intervir nos fatores determinantes e
condicionantes, a fim de controlar os mecanismos de transmissão, minimizar o número de
indivíduos infectados e garantir qualidade de vida.
Descrição:
NASCIMENTO, J. M. do. Prevalência de enteroparasitoses na comunidade de
Uruçu, São João do Cariri - PB. 2011. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2011.