Resumo:
Este estudo tem como objetivo apresentar uma análise comparativa entre a concepção
dos filósofos Thomas Hobbes e John Locke sobre estado de natureza, utilizando como
referência as obras Leviatã, de Hobbes e a obra Segundo tratado sobre o governo de
Locke. Analisando as respectivas obras observamos que existe uma notável diferença e
ao mesmo tempo semelhanças entre as concepções desses filósofos sobre o estado de
natureza. Hobbes descreve o estado de natureza como um estado de guerra constante,
onde qualquer um pode desejar algo e valer-se do absoluto direito natural para se obter
o desejado, até causar mal a seu semelhante, sendo esse um estado constante de guerra,
uma guerra de todos contra todos. Já Locke descreve um estado bem diferente, onde há
paz constante e harmonia, onde liberdade e igualdade não causam conflito mais são
motivos para que os homens vivam em paz. Se para Hobbes o homem é um ser egoísta
que vive competindo o tempo todo, como o próprio autor descreve, mal por natureza.
Para Locke o homem é um ser que nasce apto para sociedade, um ser cooperativo que
gosta de se associar. Nota-se, uma patente diferença entre a concepção dos autores
também sobre a formação e função do Estado. Todavia, embora haja tanta disparidade
entre o ponto de vista dos autores, também há semelhanças no que diz respeito ao fato
de todos os indivíduos buscarem a paz e pelejarem pela autopreservação e mais o fato
de que a sociedade nasce da concordância entre os homens.
Descrição:
ARAÚJO, L. P. M. de. Um estudo sobre o estado de natureza em Thomas Hobbes e John Locke: aproximações e divergências. 2016. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.