Resumo:
Historicamente, os surdos foram considerados pela coletividade ouvinte, como incompletos, incapaz, doente, e ao mesmo tempo foram excluídos, por sua diferença. Os surdos sofreram com o preconceito, muitas vezes camuflados, outras vezes radicais, porquanto, pertencer a um grupo, com padrões estabelecidos, simboliza a quebra da coerção imposta continuamente. Pensando assim o presente artigo tem como objetivo analisar as representações sociais da surdez, na obra fílmica “Black”, explicitando através da personagem principal, Michele, menina surda e cega, o olhar da sociedade frente à surdez. Veremos neste trabalho um pouco do processo histórico da surdez, ao que se refere às formas com que os surdos eram submetidos, além disso, a constituição como sujeito, através da língua de sinais, percebendo assim, seu desenvolvimento a partir do conhecimento da língua supracitada, símbolo da identidade dos surdos. A escolha do tema proposto justifica-se por termos presenciado nas aulas de LIBRAS, um novo jeito de interagirmos com as mãos, junto à complexidade de escrever suas histórias de luta no silêncio, além de ser uma ferramenta que nos aproxima desses indivíduos, visto que, ao se tratar da surdez, existem poucos trabalhos como este. A metodologia utilizada caracterizou-se como descritiva-interpretativa por se tratar da análise de um filme e bibliográfico por se fazer uso de materiais teóricos produzidos. Foram utilizados na análise alguns autores, entre eles, as teorias de Skliar (2010), Strobel (2007), Laboritti (1994). Portanto o estudo faz menção às contribuições que o mesmo trouxe, uma vez que, possibilitou a aproximação à comunidade surda, além de, nos permitir ter conhecimento e possíveis reflexões sobre os prejulgamentos sobre o ser surdo.
Descrição:
SILVA, F. F. Do silêncio social às telas do cinema: a representação da surdez no filme black. 2016. 24f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) - Universidade Estadual da Paraíba, Catolé do Rocha, 2016.