O brincar e suas dimensões constitutivas no contexto da educação infantil

Abstract

O presente estudo,intitulado “O brincar e suas dimensões constitutivas no contexto da Educação Infantil”, tem como objetivo analisar o espaço-tempo do brincar no contexto da Educação Infantil anunciados no discurso da professora e das crianças em uma creche municipal de Campina Grande-PB, aqui denominadade “Mundo Infantil”.Apesar das pesquisas já existentes acerca da importância do brincar, no desenvolvimento da criança ainda evidenciamos,no interior das instituições escolares, o espaço/tempo do brincar reservado apenas àhora do recreio, considerando a brincadeira apenas como um passatempo, algo sem relevância e desarticulado dos propósitos educacionais.Nesse sentido, muitos não compreendem as várias dimensões constitutivas e as potencialidades que o brincar desenvolvem na criançaem relação a sua vida afetiva, o desenvolvimento motor, socialização e a construção de conhecimentos, dentre muitos outros aspectos que se desenvolve através das interações que se estabelecem nas brincadeiras. Em virtude da falta de (re)conhecimento de professores(as) e na descrença de muitos pais sobre a importância do brincar nas instituições educacionais, especificamente, na Educação Infantil, se faz necessário que, uma vez mais, este tema seja posto em discussão para que se tenha uma prática pedagógica mais centrada e fundamentada em estudos sobre o incentivo ao prazer de aprender brincando.Para abordarmos a problemática aqui delimitada, utilizamos a pesquisa qualitativa, que configurou-se através de um estudo de caso, tendo como instrumento de coleta de dados questionários abertos.Uma professora e oito crianças do Pré II constituíram-se os sujeitos pesquisados. Nossa pesquisa teve como suporte teórico os estudos de Oliveira (2010), Angotti (2006), Lima (2008), Fernandes (2011), Vygotsky (1991), dentre outros. A partir dos dados coletados, observamos que mesmo o brincar estando presente no cotidiano escolar da creche pesquisada, há muito o que se fazer em relação a presença da brincadeira na escola, uma vez que esta ainda não se constitui como uma atividade por excelência.