A concepção de escrita adotada por professores em formação inicial: uma análise a partir dos relatórios de estágio

Abstract

Ao analisarmos a evolução da escrita ao longo dos anos, podemos observar seu desenvolvimento histórico, desde a década de 70, até os dias atuais, seguindo uma linha de construção que parte do produto ao processo (MARCUSCHI, 2008). Remetendo isso aos manuais de ensino e às práticas desempenhadas em sala de aula, realizamos um estudo no intuito de analisar a concepção de escrita adotada na intervenção do estágio supervisionado, no curso de Letras-Português, em turmas de Ensino Médio, com a finalidade de investigar a ênfase que é dada a produção de textos (voltada ao gênero ou à tipologia textuais) e identificar (se há ou não) o trabalho com a reescrita de textos e como ele é realizado, baseada nas contribuições teóricas de Sercundes (2000), Calkins (1989) e Kleiman (1995). Para tanto, selecionamos três (03) relatórios de estágio para analisarmos, em especial, o tópico destinado ao relato de experiência, sendo dois (02) coletados em 2016.1 e um (01) em 2017.1, nomeados de A, B e C, respectivamente. Partindo de uma pesquisa qualitativo-interpretativista, os resultados apontam, por um lado, para um ensino embasado nas teorias dos anos 2000, e, por outro, um ensino tradicional, mecanizado, seguindo a perspectiva da escrita como produto.