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Título: Inventário etnobotânico de plantas medicinais no Projeto de Assentamento (PA) rural Veneza, Serra do Espinho, Pilões/PB
Autor(es): Dias, Jenifer Freitas
Palavras-chave: Etnobotânica
Conhecimento local
Plantas medicinais
Data do documento: 2017
Resumo: A fitoterapia é uma técnica antiga, presente nas comunidades tradicionais e também nas sociedades contemporâneas. No Brasil a utilização da flora com o intuito de tratar doenças surgiu através de diversas culturas. No estudo da relação humano-planta podemos citar a etnobotânica ciência relativamente nova, definida como o estudo das relações dos seres humanos com a vegetação. O conhecimento tradicional ou local é uma poderosa ferramenta para o planejamento de ambientes naturais. Diante do exposto, o presente estudo objetiva analisar a relação existente entre os assentados do projeto de assentamento (PA) rural Veneza, com o uso do cálculo de Importância Relativa (IR). Aos informantes que concordaram participar da pesquisa, assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) exigido pelo Conselho Nacional de Saúde, por meio do Comitê de Ética em Pesquisa (Resolução CNS 510/2016). Foram realizadas visitas em todas as residências, sendo aplicados formulários com entrevistas semiestruturadas. Em um total de 18 indivíduos, perfazendo 100% das residências existentes na comunidade, sendo a maioria do gênero feminino 11 e 7 do gênero masculino. A idade dos entrevistados variou de 18 a 80 anos, tendo como representante de maior faixa etária o gênero feminino. Enquanto a profissão dos informantes varia entre agricultores e agricultores aposentado. Todo o material botânico coletado em campo durante o levantamento etnobotânico foi identificado por meio de chaves de identificações. Foram registradas 267 citações de usos de plantas medicinais com 81 espécies pertencentes a 45 famílias botânicas e para esse total obteve-se um total de 53 indicações terapêuticas. A erva-cidreira (Lippia alba (Mill.)N.E.Br), Aroeira Myracrodruon urundeuva Allemão), e o mastruz (Chenopodium ambrosioides Hance.), destacaram-se como as espécies mais citadas. A família botânica mais representativa em relação ao número de espécies foi a Lamiaceae com 8% do total. Dentre as partes utilizadas o uso das folhas dos vegetais se sobressaiu com 153 citações. O chá abafado foi a forma de preparo mais evidenciada entre os entrevistados. Quanto às indicações de uso terapêutico, as que mais se ressaltaram foram: dor de barriga (18%) tosse e gripe, ambas (14%). Identificou-se que as doenças mais tratadas são as que afetam ao sistema respiratório, como a gripe e tosse. A espécie com maior valor segundo o calculo de Importância relativa (IR) foi o mastruz (Chenopodium ambrosioides Hance.). Sobre a perpetuação do conhecimento da medicina popular 73% dos entrevistados afirmaram que ensinam para os seus filhos, netos e sobrinhos. Contudo, faz-se necessário a criação de politicas públicas que propiciem estratégias conservacionistas, para garantir o manejo sustentável da vegetação da comunidade, principalmente das espécies fitoterápicas.
Descrição: DIAS, J. F. Inventário etnobotânico de plantas medicinais no Projeto de Assentamento (PA) rural Veneza, Serra do Espinho, Pilões/PB. 2017. 38f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2018.
URI: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/15801
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