Reflexões acerca das práticas pedagógicas para o desenvolvimento das competências e habilidades de um aluno com Transtorno do Espectro Autista - TEA

Abstract

A escola contemporânea necessita de profissionais aptos a atuar, também, sob o prisma da educação inclusiva. Para isso, faz-se necessário que os educadores estejam preparados para trabalhar a inclusão social, intelectual e cognitiva de todos os alunos na sala de aula, inclusive os alunos com deficiências, entre esses, os que estão dentro do espectro autista. Assim, partimos dessa premissa para buscar compreender se o professor de língua portuguesa e das diversas áreas de ensino, saem da formação inicial capacitados para construir atividades produtivas para crianças e jovens com Transtorno do Espectro do Autista (TEA). Objetivamos, neste estudo, refletir acerca da necessidade da implantação de disciplinas e estudos nas universidades, primordialmente, nos cursos ligados às licenciaturas, que colaborem com a capacitação dos docentes para trabalharem na perspectiva inclusiva. Além disso, pretendemos refletir sobre a formação dos professores na atualidade quanto à preparação para o trabalho com alunos com TEA; discutir através das teorias educacionais de inclusão e dos documentos oficiais, os direitos dos alunos com limitações impostas pelo TEA; identificar os principais obstáculos encontradas pelos professores para desenvolver práticas pedagógicas eficazes para o estudante com autismo e descrever os suportes oferecidos pela escola ou pelo estado para colaborar com a capacitação profissional docente no trabalho com jovens com deficiências. Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica, qualitativa-exploratória, com base em um questionário distribuído em diversas escolas, a vinte e um docentes dos mais variados componentes curriculares. A pesquisa está fundamentada nos estudos desenvolvidos por Libâneo (2006); Glat, Pletsch (2017); Oliveira, Machado (2007); Melo (2016); Fogli (2010); Castanha (2016), dentre outros pesquisadores. O estudo aconteceu durante o mês de julho, do presente ano, 2021 e os resultados apontaram para o despreparo dos professores para trabalhar com crianças e jovens autista; a importância de uma reformulação nos currículos da universidades quanto ao acréscimo de disciplinas, especificas, para discussões sobre inclusão social, métodos e práticas para desenvolver atividades eficazes para autistas; o pouco investimento que as escolas e o Estado fazem quanto à formação continuada dos docentes atuantes na educação brasileira.