Suicídio na literatura brasileira: uma análise sob os aspectos da destituição existencial na ausência de sentido na vida

Abstract

A literatura brasileira apresenta marcas de comportamento humano que muito interessam aos estudos de Psicologia. Sobre tal, o presente trabalho de revisão bibliográfica se estrutura da seguinte maneira: primeiramente, se faz uma condensação da Logoterapia como abordagem psicológica e o aprofundamento dos conceitos da teoria utilizados no trabalho - a liberdade responsável e o vazio existencial. A condução segue articulando os movimentos literários presentes nas obras O Cortiço (AZEVEDO, 1890), São Bernardo (RAMOS, 1934) e em Barba Ensopada de Sangue (GALERA, 2012), enquanto registros de expressão comportamental humana, objeto de estudo da psicologia. Observa-se a atuação das personagens Bertoleza, Madalena e o pai do professor de educação física associando-os aos conceitos e às implicações psicológicas, com objetivo específico de buscar pelo meio literário, investigar se o vazio existencial, promulgado pela falta de liberdade, foi suficiente para que os suicídios acontecessem. E, em resposta a essa especulação, por fim percebeu-se que diante das evidências a supressão da liberdade pode ocasionar uma frustração existencial, esta se torna suficiente para a prática do suicídio.