Nuances de uma pedagogia urbana nos periódicos escolares de Campina Grande (1920-1936)

Abstract

Quando a cultura impressa era o principal mecanismo de informação em Campina Grande, ter a autoria de uma publicação era como exercer uma voz com maior proeminência no contexto citadino. Entre 1920 e 1936 duas grandes instituições escolares da cidade, o Instituto Olavo Bilac e o Instituto Pedagógico, posicionaram-se nesse sentido, publicando seus próprios periódicos cuja autoria envolvia toda a sua persona institucional. Propomos uma análise embasada no conceito de Pedagogia da Cidade, aproximando-se de Michel de Certeau e da ideia de espaço praticado, como também do método da Análise do Discurso de Michel Foucault para interpretação e leitura das fontes, das quais as principais são: O Clarão (1922-1923), a Revista Evolução (1931) e o Evolução-Jornal (1934-1936), todos periódicos das escolas acima citadas. Esta análise foi feita a fim de perceber como estes visavam influenciar para além da cultura interna das instituições que lhe eram autoras, apresentando em seu conteúdo falas de teor pedagógico abrangente para o comportamento tanto dos alunos para além da escola, dos pais e dos demais habitantes do espaço urbano.