Tradição e modernidade na literatura infantojuvenil: leitura de "A fada que tinha ideias", de Fernanda Lopes de Almeida

Abstract

A presente pesquisa tem como objetivo principal fazer uma análise da narrativa infantil intitulada A fada que tinha ideias (1971), da autoria de Fernanda Lopes de Almeida, buscando identificar marcas dos contos de fadas tradicionais (justificando assim, o que denominamos de tradição no título desta pesquisa), presentes no enredo da obra, bem como mostrar, de que maneira a autora rompe com essa tradição, evidenciando, desse modo, a modernidade em seu texto. Trata-se, do ponto de vista metodológico, de uma pesquisa de caráter bibliográfico, que se apoia teoricamente em estudos voltados para a história da Literatura InfantoJuvenil, a partir de Cunha (2006), Lajolo & Zilberman (2007), passando por autores que se debruçam sobre as especificidades dos Contos de fadas, daí a referência a Abramovich (2006), dentre outras obras e trabalhos acadêmicos que se debruçam sobre a obra da autora. A análise do livro de Fernanda Lopes de Almeida nos permitiu identificar que a obra não apenas se conecta à tradição dos contos de fadas, mas também introduz elementos inovadores que rompem com essa tradição. Por fim, foi possível concluir que as inovações na linguagem, no estilo da narrativa, na desconstrução de estereótipos e na abordagem de temas contemporâneos, utilizadas pela autora, tendem a contribuir de maneira significativa para a formação do leitor infantil e juvenil, e para melhor compreensão de seu mundo.